terça-feira, 20 de maio de 2008

Balanço do "Dia sem stress"











Aqui ficam algumas fotografias que permitem avaliar o sucesso da actividade...












terça-feira, 6 de maio de 2008

terça-feira, 29 de abril de 2008

O stress é contagioso


Todos nos queixamos do stress, mas não podemos viver sem ele. Fundamental para a sobrevivência, pode ser positivo ou negativo na perseguição de objectivos. Estar atento aos sintomas do stress negativo pode evitar muitas doenças graves.


O stress é contagioso, passamos uns para os outros”. A afirmação é do psiquiatra João Vasconcelos Vilas-Boas”, que descreve, assim, a disseminação deste conceito sobretudo nas sociedades modernas ocidentais. Nunca se falou tanto de stress comos nos dias de hoje e há quem diga que se trata de um fenómeno actual, no entanto, a associação entre o termo e as situações aflitivas já existe desde o séc. XIV. O vocábulo entrou rapidamente no nosso dicionário, não querendo, contudo, dizer que o utilizamos de forma correcta.

Afinal, o que é o stress? “É o conjunto de reacções do organismo a agressões de ordem física, psíquica, infecciosas e, outras, capazes de perturbar a homeostase” (equilíbrio orgânico), define o dicionário Aurélio.

Embora apareça quase sempre associado a situações de desequilíbrio, o stress pode ser considerado positivo ou negativo. “Inicialmente é uma coisa saudável”, explica o psicólogo Quintino Aires ao Saúde Semanário. E acrescenta: “É um dos mecanismos mais maravilhosos que a natureza nos deu, é fundamental para a sobrevivência”. João Vasconcelos Vilas-Boas partilha da mesma opinião. “O stress é sempre uma resposta emocional a uma situação de risco”, afirma. E acrescenta: “a resposta pode ser adequada ou desadequada”.


Stress positivo e negativo

“Não tenho stress” é, portanto, uma afirmação incorrecta, pois todos nós - até as crianças – o temos. “Ficamos em stress se estivermos em frente a um leão”, explica o psiquiatra, sublinhado que “é isso que nos faz fugir e nos dá capacidade de resposta”.

Uma discussão pontual com o chefe é também um exemplo de stress positivo. Trata-se de algo que nos impulsiona na perseguição de objectivos.

O stress negativo é o oposto, pois bloqueia-nos e impede-nos de atingir essas metas. Aí há uma alteração de equilíbrio com consequências para a saúde (ver caixa Problemas). João Vasconcelos Vilas-Boas acredita que stress, angústia e ansiedade são sinónimos e sublinha que “stress não é uma doença, mas um sintoma ou conjunto de sintomas”. O especialista prefere distinguir a angústia neurótica de angústia psicótica. “Na neurótica, a pessoa pensa que não vai apanhar o autocarro, mas corre; na psicótica, o indivíduo pensa que vai perder o autocarro e isso é o fim do mundo”, clarifica.


O que leva aos stress?

Não é fácil responder a esta pergunta, até porque somos todos diferentes e temos reacções diferentes perante as situações. Se para uns saltar de pára-quedas é uma experiência é um passatempo e um divertimento para uns, para outros só a ideia já é aterradora. No entanto, há alguns factores mais comuns, como a morte de alguém próximo, excesso de trabalho, divórcios, insegurança, instabilidade profissional, doença, perda de apetite sexual, entre outras.

Quando o stress passa a negativo surgem os problemas que se reflectem, muitas vezes em doenças. Por isso, Quintino Aires aconselha o diálogo como boa medida de prevenção. “Não devemos ter receio de falar com amigos e familiares sobre os nossos problemas, medos e insegurança”, revela. O psicólogo não tem dúvidas de que essa é uma boa ferramenta para “impedir que o stress se acumule”, o que pode evitar muitas doenças.


O que fazer?

Perturbações mentais, erupções da pele, alterações do aparelho digestivo, alteração de certas glândulas internas (tiróide), perturbações menstruais, impotência, enxaquecas e desinteresse pela actividade sexual são algumas consequências do stress. “Quando se faz das tripas, coração, tem-se gastroenterites e doença de Crowne; quando se faz do coração, tripas, há os enfartes do miocárdio”, exemplifica o psiquiatra. O especialista revela ainda a importância de se conhecerem as causas do problema. “Se uma pessoa chega a uma urgência com um enfarte do miocárdio, porque lhe morreu o filho, tem um tratamento diferente de uma pessoa com problemas no coração”, reflecte.Se nos últimos dias o acusaram de “estar muito stressado” ou o aconselharam a “não stressar, deve ter atenção ao seu corpo. Os sintomas da angústia não devem ser desvalorizados. “A primeira coisa a fazer é procurar um médico de clínica geral para avaliar a situação”, recomenda João Vasconcelos Vilas-Boas. Em muitos casos, há um reencaminhamento para um especialista em psicologia. Quintino Aires já tratou muitos pacientes nestas circunstâncias, embora, em casos mais avançados seja mesmo necessário recorrer à psiquiatria. “Quando a queda de uma agulha é um drama, sai da nossa área de intervenção. É necessário um acompanhamento psiquiátrico ou neurológico”, diz o psicólogo.



Atenção aos sinais!




Sandra Cardoso

Data: 2007-10-14


terça-feira, 22 de abril de 2008

Construa a sua própria bola anti-stress



O que é uma bola anti-stress?

Uma bola anti-stress é um objecto que cabe na palma da mão e que pode ser apertado de modo a diminuir a tensão emocional e muscular. Pode ter a forma de uma bola, mas também poderá ser algo mais interessante, como uma cara engraçada, uma parte do corpo, etc.

Como é que funciona?

Sempre que fecha o punho, independentemente de ter ou não alguma coisa na mão, está a criar tensão muscular. E quando abre o punho, os seus punhos relaxam. Este processo de tensão muscular aguda e relaxamento pode ajudá-lo a livrar-se dessa tensão e aliviar o stress.
Pode utilizar esta técnica sem uma bola destas, simplesmente contraíndo e relaxando os musculos das suas mãos, ou em qualquer parte do corpo onde sinta tensão.
Uma bola anti-stress, ajuda-o no sentido em que lhe dá algo em que se focar podendo com isso ajudá-lo a aliviar o stress.

Que outros benifícios há nestas bolas?
As bolas anti-stress têm sido usadas por várias razões terapêuticas. Em civilizações antigas eram usadas para aliviar o stress, melhorar a coordenação, prevenir a artrite e o reumatismo, estimular a circulação sanguínea, ajudar durante fisioterapia e assistir na meditação.

Há duas maneiras de fazer a sua própria bola anti-stress.

Tipo 1: A bola anti-stress de balão.

Esta é uma maneira fácil e divertida de fazer a bola, que pode até ser feito sozinho. Quando acabar de fazer esta bola, pode decorá-la com autocolantes ou pintá-la. Certifique-se apenas que a decoração que usar não seja irritante para a pele ou que desapareça com o uso.


Instruções:
1. Encontre um balão pequeno e resistente.
2. Encha-o até estar de um tamanho confortável, mas não o feche.
3. Faça um pequeno furo no bocal do balão e em seguida feche o bocal do balão com uma mola ou algo que possa ser retirado depois.
4. Coloque um pequeno funil no bocal do balão.
5. Utilizando o funil, encha o balão com farinha de milho ou grãos de milho.
6. Retire a mola e lentamente abra o buraco que que fez. Desta forma o ar sai por um lado e a farinha entra pelo outro.
7. Continue a acrescentar a farinha ou grãos até o balão atingir um tamanho que caiba na sua mão.
8. Deixe sair lentamente o ar que resta.
9. Pode agora atar o balão o mais apertado possível de modo a que o balão fique esticado em vez de solto.

Tipo 2: A bola anti-stress de massa.

Para este projecto recomenda-se que seja feito com a ajuda de alguém, uma vez que poderá ser complexo introduzir o conteúdo no balão. Uma vez que estiver terminado, poderá fazer alguns buracos na camada exterior do balão de modo a criar bolinhas engraçadas.


Instruções:
1. Misture meia-chávena de sal, uma chávena de farinha, uma colher de sopa de óleo ou azeite, uma colher de chá de creme tártaro e uma chávena de água.
2. Aqueça a massa num tacho em lume baixo mexendo constantemente até ficar em papa.
3. Bata a massa numa superfície coberta com farinha até ficar macia.
4. Deixe a massa arrefecer durante uma hora.
5. Junte três ou quatro balões e corte o pescoço de todos menos um.
6. Forme uma bola de massa com cinco a sete centímetros de diâmetro.
7. Encha um balão com a massa. (Quanto mais massa utilizar por balão, menos mole será a sua bola).
8. Estique obalão sobre a massa e insira imediatamente este balão no buraco do próximo balão (de modo a que o segundo balão cubra completamente o buraco do primeiro).
9. Insira a sua bola (balão+massa) dentro de outro balão da mesma forma.10. Repita o passo anterior.
11. Decore a sua bola anti-stress a seu gosto.

Experimente, divirta-se e relaxe...

terça-feira, 15 de abril de 2008



Sorrir é a solução... :)

" Rir pode não ser uma terapia, mas não deixa de ser terapêutico. Esta ideia é antiga mas nos nossos tempos foi retomada com toda a força quando se apregoa os benefícios do bom humor e do riso na saúde mental e física.
Está provado que o riso é um importante agente na prevenção de doenças de cariz psíquico como as depressões.Quem também é por natureza optimista, mesmo que a vida lhe seja adversa, acaba por conseguir superar melhor os problemas ou mesmo encarar com optimismo uma doença grave.
Uma boa gargalhada é um óptimo relaxante já que produz endorfina, uma hormona responsável pela sensação de prazer e felicidade. O estado de alegria activa o sistema imunológico ajudando na prevenção de doenças provocadas pelo stress e tantas outras. Resumindo, faz bem à saúde e à beleza também. É que mover os músculos da face evita as rugas e a sensação de cansaço.Nem que seja pelo lado da economia vale a pena sorrir.
Se estamos felizes “pomos a trabalhar” 14 músculos da face. Mas se, pelo contrário, é a tristeza que nos assola, são 365 os músculos envolvidos.São já famosos os workshops das sessões do riso da sorrir.com destinados a particulares ou equipas. Cada vez mais as empresas são um potencial cliente, com actividades dinamizadas para a resolução de conflitos, motivando os seus colaboradores conseguindo com isso um aumento de produtividade.
Yoga no escritório ou mini-massagens no local de trabalho são dois bons exemplos.Mas as actividades não se ficam por aqui. Um curso de escrita criativa pode ser outra maneira de cultivar o bom humor.
A própria fotografia pode ser uma forma de expressão e libertação...
Só que, rir hoje em dia custa dinheiro. Às vezes muito. Consciente desse facto a sorrir.com criou uma bolsa social, por via da qual rir se torna mais acessível a todos.
As contribuições são diversas, através destes serviços, do pagamento de cotas de sócios, de donativos e outras fontes de receita. "
Retirado de :
Terapia do Riso
Quem ri por gosto, não se cansa...
Paula Oliveira Silva
2006-09-06

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

SUGESTÕES PARA EVITAR O STRESS

- Aprenda e pratique uma técnica de relaxamento, para libertar a sua mente de pensamentos negativos e perturbações que irão quebrar do círculo vicioso do stress;
- Afaste-se de situações angustiantes ou conflituosas;
- Transforme as sessões de relaxamento e alongamento muscular num hábito diário;
- Evite levar para casa problemas relacionados com o trabalho; peça apoio à sua família, mas não a envolva em problemas;
- Esforce-se por repartir o seu tempo de forma equilibrada entre trabalho, lazer e família;
- Caminhe um pouco antes de ir para casa;
- Vá a livrarias ou museus;

- Tome uma bebida calmante, com por exemplo um chá quente ou gelado;

ALGUMAS TÉCNICAS DE RELAXAMENTO

- Feche os olhos por alguns segundos várias vezes ao dia.
- Faça inspirações profundas e lentas em sessões repetidas ao longo do dia.
- Quando sente que o seu ânimo dimimui ou está angustiado, faça uma pausa e siga algumas das sugestões anteriores.

- Outro movimento simples e muito bom para relaxar é movimentar os ombros para cima e para baixo de forma longa e lenta e esticar as mãos ao mesmo tempo.
- Estabeleça horários e rotinas de relaxamento e exercícios pré-definidos com durações específicas. Estes rituais podem transformar-se em verdadeiros "oásis" que o afastam da angústia ameaçadora.
- Inscreva-se num ginásio. Além de iniciar um programa de exercícios regular, sentirá que uma boa condição física ajuda a diminuir a predisposição para os efeitos do stress, para a ansiedade e para a depressão.


TRATAR O STRESS

- Para controlar, melhorar e prevenir os efeitos do stress, defina e resolva de forma honesta e séria os conflitos que, a diferentes níveis, possa estar a viver: espirituais, profissionais ou familiares.
- Procure diferentes tipos de aconselhamento. Consulte especialistas: médicos, psicólogos, terapeutas ou inscreva-se em grupos de apoio.
- Seja moderado em todas as suas actividades, mas reforce as que lhe causam maior entretenimento ou satisfação. Faça uma boa alimentação. Beba com moderação.
- Pratique exercício de acordo com suas possibilidades físicas. Hoje em dia, tem ao seu dispor inúmeros ginásios e health clubs que lhe oferecem diversos programas de exercícios, individuais ou colectivos, onde se combina o exercício físico com técnicas de relaxamento que serão uma excelente opção para o final do dia (exemplos: alongamentos; bodybalance; ioga; pilates; shiatsu, etc.)
- Proponha-se um novo estilo de vida e realize-o. Fixe metas para si mesmo:Aumente progressivamente a distância que caminha para chegar ao escritório ou voltar para casa.

- Proponha-se ler um livro, disciplinadamente, todos os meses.- Pratique desporto duas a três vezes por semana; Não dê desculpas para faltar!-
- Vá ao cinema, teatro ou a outros espectáculos pelo menos uma vez por semana.

MODIFIQUE A SUA ROTINA

- Inove e seja criativo na execução das suas tarefas e na forma de se relacionar com os outros.
- Resolva tarefas com a família e programe actividades em grupo;
- Passeie com os seus filhos e o seu cão, transforme as caminhadas num agradável acontecimento de integração familiar.
- Mantenha o bom humor em qualquer circunstância, por mais adversa que ela seja.
- Seja amigável.
- Dê e receba afecto.
- Tenha um atitude positiva diante da vida; não fique irritado.

- Seja amável.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Exames um caminho para o stress




Época de exames aumenta 'stress' e procura de ajuda psicológica


elsa costa e silva



A época de exames escolares é o maior pico de stress para os alunos. É uma altura em que aumenta a frequência de consultas de psiquiatria, com muitos alunos a pedir a prescrição de medicamentos para melhorar a sua concentração. Substâncias como vitaminas e fósforo são as preferidas. Mas há quem chegue à farmácia sem receita médica e quem comece a procurar ajuda psicológica logo em Janeiro. Na última semana, a possibilidade de adiamento dos exames foi um factor acrescido de ansiedade. Aumentou a incerteza, " e esta é corrosiva do investimento do indivíduo na tarefa", explica Pedro Rosário, especialista da Universidade do Minho em psicologia da educação e nas questões da aprendizagem. Mas os alunos mais ansiosos são os que obtêm maior rendimento escolar. Isabel Brandão, da consulta de Adolescência do Serviço de Psiquiatria do Hospital de São João, no Porto, confirma que a época de exames conduz a um "aumento da afluência" de jovens àquele serviço e que as "queixas de ansiedade são mais frequentes". Segundo a psiquiatra, "com a proximidade de provas tão decisivas há muitos que receiam não serem capazes ou não ficarem satisfeitos com os seus resultados". E acabam por pedir a pres- crição de medicamentos para "rentabilizar o tempo de estudo", como vitaminas ou fósforo, algo a que os médicos, explica Isabel Brandão, raramente acedem "Nesta idade, não é necessário medicar a rentabilidade da memória."O certo é que a corrida às farmácias para melhorar a actividade da memória aumenta nesta altura do ano.




Maria da Luz Sequeira, farmacêutica e vice-presidente da Associação Nacional de Farmácias, confirma-o e diz que a maior parte dos jovens chega sem prescrição médica, já que estes produtos são de venda livre. Mas, muitas vezes, a iniciativa é dos próprios pais. "Explicam que os filhos estudam muito, estão cansados por causa da altura dos exames e pedem qualquer coisa que ajude na concentração e memorização", conta a farmacêutica. No entanto, o Verão já é uma altura do ano em que a população em geral acusa alguma astenia. Os estudantes ressentem-se mais pelo esforço acrescido de um ano de estudos. O lado bom. De acordo com a psiquiatra Isabel Brandão, há um maior nível de ansiedade quando o stress é muito, as pessoas ficam menos capazes. Contudo, nem sempre este estado é mau, até porque "ajuda a ter maior envolvimento e a mobilizar mais para o estudo". Pedro Rosário, da Universidade do Minho, diz que a ansiedade é como a corda de um violino "Precisa de uma tensão optimal." Se for de menos, não há concentração na tarefa. Mas se for de mais, "o problema é não perder o controlo". Se há jovens que investem desde cedo nos estudos, "outros há que têm de ser puxados pelos colarinhos pela ansiedade". O ideal é cada aluno identificar o seu ritmo.mais stressados. De acordo com Pedro Rosário, os níveis mais baixos de ansiedade são normalmente encontrados nos alunos mais fracos, porque os mais ansiosos são os estudantes que estão "muito orientados e muito concentrados". Esta é também a experiência de Iolanda Ribeiro, responsável pelo serviço da Universidade do Minho que faz atendimento a alunos com problemas de ansiedade em contexto de avaliação. "Quem nos procura são, normalmente, os alunos de alto rendimento e chegam aqui precocemente, logo em Janeiro e Fevereiro. Não é habitual aparecerem nas vésperas dos exames", explica Iolanda Ribeiro. Há duas situações mais frequentes a dos alunos muito ansiosos, que fazem tudo para evitar os exames e acabam por fugir, e a dos estudantes, que "sofrendo imenso de ansiedade", acabam por passar a prova. Em ambos os casos, explica aquela psicóloga, "são alunos com muitas expectativas e alto rendimento. Mas enquanto os primeiros acabam por não ter sucesso, os segundos conseguem".




Iolanda Ribeiro salienta ainda haver casos de jovens que, sendo muito orientados para o estudo, entram numa espiral de isolamento social , passando muito tempo sozinhos "Isso não é saudável e pode desencadear reacções psicossomáticas que levam a crises de pânico."Os alunos aparecem na consulta ou por iniciativa própria, levados pelos pais ou aconselhados por pessoas conhecidas. Aprender a lidar com a ansiedade é um processo moroso, que implica o trabalho de vários parâmetros (inclusive de técnicas de relaxamento), e, por isso, a consulta não aceita novos adolescentes após Maio.Novo 'stress'. A eventualidade de um adiamento dos exames é um contexto "obviamente muito perturbador", assegura Iolanda Ribeiro, salientando, contudo, que existem diversas formas de lidar com a situação vivida esta semana. "Muitos começam a pensar que vai correr tudo mal, outros podem até achar que não vai ter impacto", afirma. Para Pedro Rosário também "é evidente que a alteração de situações face ao que está combinado é um factor de ansiedade, assim como tudo o que sejam contingências institucionais que aumentem a imprevisibilidade". Portanto, "qualquer factor do sistema que introduza tranquilidade, calma e consistência, diminui a ansiedade". A incerteza é um dos piores inimigos para quem enfrenta situações de exame, pelo que, explica o psicólogo, "a missão do educador é tentar colocar todos os meios para que os factores relacionados com o sistema sejam o menos abrasivos possível e menos potenciadores de ansiedade".Pedro Rosário explica que "a ansiedade move-se no campo da dúvida. Abala certezas". Leva os alunos a perguntar-se se serão capazes, se o tempo vai ser suficiente. E isso é preocupante, já que estes pensamentos motivados pela ansiedade "são um factor de distracção importante" na altura em que os alunos se estão a preparar para os exames.Mas o problema da ansiedade é fazer "com que o aluno se concentre no que já não tem e não no que ainda está nas suas mãos conseguir". Ou seja, leva, por exemplo, o adolescente a preocupar-se porque já passaram quatro dias e não a pensar que poderá ainda aproveitar mais três dias de estudo. É uma situação que conduz "ao imobilismo para a acção e que desnorteia a concentração".Durante a realização do exame, os alunos podem ser tentados a questionar se as suas respostas estão correctas. "A dúvida só é apaziguada pelas certezas processuais, ou seja, pelo facto de os alunos se terem preparado anteriormente vendo provas de anos anteriores, fazendo exercícios, etc.", explica Pedro Rosário. Mas "há um nível de incerteza que é inerente à realização da tarefa". Por isso, "é preciso que o aluno perceba que não pode controlar tudo e que tem que aprender a lidar com a incerteza".








Notícia retirada do jornal "Diário de Notícias" do dia 26/06/2005